A ultrassonografia obstétrica é um exame de extrema importância durante a gestação, uma vez que ele proporciona informações vitais sobre o desenvolvimento fetal. O procedimento, que não é invasivo, faz uso de ondas sonoras para identificar possíveis anomalias e proteger a vida do bebê e da mãe.

Devido à importância do exame, vamos explicar para que serve o exame de ultrassom obstétrico, qual a sua importância, com quantas semanas de gravidez deve ser feito e qual a diferença entre as ultrassonografias obstétrica e morfológica. Se você se interessou pelo assunto, continue com a gente.

Boa leitura! 

Para que serve o exame de ultrassom obstétrico?

O ultrassom obstétrico é um exame de imagem que serve para avaliar diversas questões importantes relacionadas à gestação, incluindo:

• Identificação precoce de possíveis anomalias fetais;
• Determinação de gestações múltiplas;
• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento fetal;
• Complicações placentárias.

Em outras palavras, trata-se de um dos principais recursos no monitoramento da gravidez, buscando assegurar a saúde do bebê e de sua mãe.

O ultrassom é comumente usado como instrumento primário de avaliação da gravidez, fornecendo dados como idade gestacional, morfologia fetal e sexo, entre muitos outros. Segundo o Ministério da Saúde, o acompanhamento pré-natal é o primeiro passo para o nascimento humanizado. 

De forma geral, o exame pode detectar condições como gestações ectópicas (fora da cavidade uterina), suspeita de síndrome de Down e outras anomalias fetais. Também pode identificar precocemente quadros como: 

• Gestação de múltiplos;
• Posição da placenta;
• Anormalidades no coração;
• Malformações diversas. 

Além disso, o método é eficaz para descobrir o sexo do bebê. Tipicamente, no segundo trimestre da gestação, após 16 semanas, o médico costuma conseguir dados mais definidos sobre a genitália externa do feto, permitindo determinar o seu sexo com maior precisão. Nesse estágio, os órgãos sexuais começam a se tornar mais visíveis nas imagens fornecidas pelo exame ultrassonográfico.

O ultrassom obstétrico é simples, com duração de tempo variável dependendo da posição do bebê, sem preparo específico. Em geral, evita-se que a gestante esteja em jejum, para facilitar a avaliação dos movimentos fetais durante o exame. 

No ultrassom transvaginal de primeiro trimestre e na avaliação do colo uterino, é preciso deitar-se em posição ginecológica, sendo utilizado a sonda endocavitátia, coberta com preservativo estéril. Para outros tipos de exame por imagem, basta aplicar o gel na região abdominal. As imagens fetais são exibidas em uma tela.

Com quantas semanas de gravidez se faz a ultrassonografia obstétrica?

A primeira ultrassonografia obstétrica é comumente feita via transvaginal entre a sétima e a oitava semana de gravidez. Antes de seis semanas, muitas vezes não é possível visualizar o embrião nem detectar os batimentos cardíacos do feto, geralmente sendo visível apenas o saco gestacional, o que pode gerar dúvidas e ansiedade nos pais.

Esse exame inicial permite ao médico analisar diversos aspectos, incluindo:

• Identificação de uma gestação tópica ou ectópica.
• Determinação da idade gestacional.
• Se a gestação é única ou gemelar.
• Vitalidade e frequência cardíaca do bebê.
• Número de placentas em casos de gestação múltipla.
• Avaliação do útero e dos ovários.

Já os ultrassons obstétricos do segundo e terceiro trimestrestêm como objetivos principais:

• Analisar o posicionamento do bebê no útero.
• Verificar o peso, examinar a placenta e o líquido amniótico.
• Avaliar o crescimento e desenvolvimento fetal através do Doppler
• Verificar o bem-estar geral do bebê.

Com quantas semanas de gravidez se faz a ultrassonografia morfológica?

É recomendada a realização de dois exames de ultrassonografia morfológica durante a gravidez: no primeiro trimestre, idealmente entre 12 e 13 semanas e 6 dias, e no segundo trimestre, entre 20 e 24 semanas.

O ultrassom morfológico do primeiro trimestre é empregado para avaliar precocemente o risco de possíveis malformações fetais, além da predição de pré-eclâmpsia. 

Enquanto isso, o ultrassom morfológico do segundo trimestre oferece informações sobre o desenvolvimento e a anatomia do bebê, incluindo avaliação detalhada dos órgãos. Nesta fase, pelo ultrassom transvaginal, estima-se o risco de parto prematuro através da avaliação do colo uterino.

Qual é a diferença entre ultrassom obstétrico e morfológico?

A ultrassonografia obstétrica e a morfológica são procedimentos essenciais durante a gestação, mas diferentes. Basicamente, o ultrassom obstétrico se concentra na saúde geral, enquanto o morfológico analisa a formação do feto, detectando anomalias estruturais e estabelecendo prognósticos. 

Isso porque ele oferece imagens mais detalhadas e identificando até 85% dos problemas de formação fetal, dependendo do biotipo da paciente, posição fetal e quando realizado no período ideal.

Qual é a importância de realizar a ultrassonografia obstétrica?

O ultrassom pré-natal tem esse papel relevante no monitoramento da saúde materna e fetal, já que permite intervenções precoces quando necessário e contribui para uma gestação saudável e um parto seguro. Apesar disso, não se restringe a esses dois fatores. Veja, a seguir, quais as principais razões para a realização de uma ultrassonografia obstétrica:

Monitoramento do desenvolvimento fetal

O ultrassom permite aos profissionais de saúde a avaliação do crescimento e desenvolvimento do feto, garantindo que o bebê esteja progredindo conforme o esperado para sua idade gestacional.

Detecção de anomalias congênitas

O ultrassom pode identificar anomalias congênitas, como malformações cardíacas, problemas no sistema nervoso central e defeitos genitais, entre outros. Isso permite que os pais e os médicos estejam preparados para cuidados especiais durante a gestação e após o nascimento, além de preparar o parto em hospital com recursos para o atendimento inicial.

Avaliação da placenta e do líquido amniótico

O ultrassom também é útil para verificar a saúde da placenta, sua posição e função, além de monitorar os níveis de líquido amniótico ao redor do feto. Esses são aspectos importantes para garantir um ambiente adequado para o desenvolvimento fetal.

Determinação da idade gestacional

O ultrassom de primeiro trimestre é utilizado para determinar a idade gestacional precisa, o que é fundamental para o acompanhamento do progresso da gravidez e para estabelecer datas importantes para condutas médicas em caso de intercorrências.

Avaliação da localização do feto

Em gestações de múltiplos ou em casos de placenta prévia (quando a placenta está posicionada na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou completamente o colo do útero), o ultrassom pode ser usado para determinar a posição do feto e da placenta, ajudando a planejar o parto de forma segura.

Descoberta do sexo do bebê

É possível saber se o bebê é menino ou menina com o ultrassom pré-natal, geralmente durante o segundo trimestre da gestação, após 16 semanas, quando as características genitais externas do bebê já estão mais definidas.

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Até a próxima!