É só o tempo esfriar um pouquinho ou ficar exposto à poeira e outros alérgenos que muita gente começa a sentir desconforto na região das vias aéreas. E entre tantas ites, a sinusite, que é conhecida por ser uma inflamação dos seios paranasais decorrente de vírus, bactérias, fungos, condições médicas ou reações alérgicas e pode acarretar desde congestão nasal à mal-estar e febre.

Para tirar todas as suas dúvidas relacionadas ao tema, preparamos este artigo explicando o que é a sinusite, como identificá-la, os seus principais sintomas, quando é necessário buscar ajuda médica, a importância de um tratamento adequado e os exames indicados para diagnosticar a inflamação nasal. Boa leitura!

O que é a sinusite  

A sinusite é uma inflamação dos seios paranasais (ou seja, das cavidades ao redor das passagens nasais), ocasionada por infecções virais, fúngicas, bacterianas, alérgicas (poeira e tabagismo) ou condições médicas (como pólipos nasais, trauma na face, doenças que afetam o sistema imunológico, desvio do septo nasal, rinite, asma, gripe, resfriado e refluxo gastroesofágico). 

Essa condição pode acarretar uma série de sintomas desconfortáveis e, se não tratada de forma correta, afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa.   

Como identificar os sintomas da sinusite? 

Identificar os sintomas da sinusite é fundamental para buscar ajuda médica e iniciar o tratamento adequado o quanto antes para evitar complicações. Uma forma de fazer isso é conhecer os principais sinais da inflamação. Para te ajudar, listamos aqui, com base nas informações do Ministério da Saúde, os sintomas da sinusite, que podem variar conforme a intensidade e duração. Veja a seguir:  

• Obstrução nasal;
• Dor ou pressão facial;
• Sensação de peso na cabeça;
• Congestão nasal;
• Secreção amarela ou esverdeada;
• Dificuldade de respirar;
• Mal-estar;
• Dor de cabeça;
• Febre;
• Perda de apetite
• Tosse (frequente pela manhã, ao levantar, e ao decorrer do dia diminui a intensidade);
• Dor de ouvido;
• Dores no maxilar superior;
• Dor de dente;
• Inflamação da garganta;
• Fadiga ou irritabilidade;
• Náusea. 

Diferença entre sinusite aguda e sinusite crônica 

A sinusite aguda e a sinusite crônica apresentam sintomas semelhantes, diferenciando-se apenas pela intensidade do desconforto e o tempo de duração da inflamação. 

A sinusite aguda é uma condição temporária, muitas vezes associada a um resfriado, que costuma durar menos de 12 semanas e pode ser resolvida sozinha, com cuidados simples diários (como o uso de solução salina ou soro fisiológico por meio de lavagens nasais)

Já a sinusite crônica, é um processo inflamatório causado por infecções bacterianas, fúngicas, alérgicas ou outras condições médicas. Ela causa uma duração maior das sensações incômodas — mais de 12 semanas — e exige um tratamento médico mais intensivo e duradouro.

Quando procurar ajuda médica? 

Na maioria dos casos, os sintomas da sinusite podem ser tratados em casa, sobretudo, com repouso e ingestão de bastante líquido. No entanto, é importante ficar atento a alguns detalhes para procurar ajuda médica antes que ocorra o agravamento do quadro. Desse modo, é recomendado buscar orientação profissional, principalmente quando: 

• Os sintomas persistirem por mais de 10 dias; 
• Apresentar febre alta (acima de 39 °C) recorrente; 
• A dor de cabeça ou pressão facial for intensa — e a dor não cessar com analgésicos; 
• Apresentar secreção nasal com sangue, espessa ou esverdeada por mais de 7 dias; 
• A inflamação se agrava depois de uma melhora inicial; 
• Possuir histórico de sinusite crônica; 
• Ter dificuldade de respirar; 
• Apresentar inchaço no rosto e pálpebras; 
• Ter alteração visual ou na movimentação dos olhos; 
• Apresentar prostração intensa. 

Exames indicados para diagnosticar a sinusite 

Para o médico chegar a um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado, ele pode recomendar diferentes tipos de exames. Conheça abaixo os exames indicados para diagnosticar a sinusite:

Exame físico 

É o exame realizado no consultório médico, no qual o profissional avalia o nariz, a garganta, os ouvidos e a sensibilidade facial do paciente. 

Endoscopia nasal 

A endoscopia nasal também é realizada no próprio consultório médico. Para isso, o profissional utiliza um tubo fino e flexível que possui uma câmera na ponta. Esse procedimento ajuda a visualizar o interior das passagens nasais, bem como dos seios paranasais. 

Tomografia Computadorizada (TC) 

A tomografia computadorizada (TC) é um exame que permite uma avaliação médica através de imagens detalhadas dos seios paranasais. Esse recurso ajuda a identificar inflamações, obstruções e até mesmo condições estruturais que possam estar desencadeando a sinusite.

Ressonância Magnética (RM) 

A ressonância magnética (RM) é indicada para pacientes que apresentam sintomas mais graves, uma vez que o exame fornece imagens detalhadas dos tecidos moles e contribui para identificar inflamações e infecções mais profundas. 

Teste de alergia 

Quando há suspeita de que a causa da sinusite seja alergia, o médico costuma recomendar testes de alergias, como os testes cutâneos e os exames de sangue, para identificar os alérgenos específicos que desencadeiam aquele quadro no paciente. 

Cultura de secreção nasal 

O exame de cultura de secreção nasal é realizado por meio da coleta de muco do paciente para análise laboratorial. O procedimento ajuda a identificar a presença de bactérias ou fungos específicos. 

Teste de Função Ciliar 

O teste de função ciliar é indicado para avaliar a eficácia do movimento dos cílios nasais, que possuem a função de limpar o muco para fora dos seios nasais e, dessa forma, livrar a pessoa de infecções.

Vale ressaltar que a sinusite é uma condição comum e que, na maioria das vezes, pode ser tratada em casa, apenas com cuidados diários. Porém, caso os sintomas persistam por muitos dias, sem melhora do quadro, é necessário buscar ajuda profissional. 

Isso porque o médico poderá indicar exames para ter um diagnóstico preciso da sinusite e recomendar o tratamento mais adequado para reduzir os desconfortos da inflamação e melhorar a qualidade de vida do paciente. 

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Até a próxima!