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    Depressão: causas, sintomas, tratamento e mais

    A depressão é comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com isso. Mas as mulheres estão mais suscetíveis (20%) do que os homens (12%), segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

    Diferente de alterações de humor diante das situações do dia a dia, é um transtorno que interfere na capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e até realizar atividades prazerosas.

    Quando a depressão é de longa duração e com intensidade moderada ou grave, pode se tornar uma crítica condição de saúde.

    Vamos saber mais sobre o assunto!

     

    Causas e fatores de risco para depressão

    De acordo com a OPAS, muitas pesquisas apontam que a depressão vem de uma combinação de fatores.

    O risco de sofrer com o problema resulta da influência de vários genes em conjunto com aspectos psicológicos, ambientais ou outros.

    Vamos conhecer as principais causas, segundo o Ministério da Saúde:

     

    • Genética – estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um componente genético. Estima-se que isso represente 40% da suscetibilidade para desenvolver a depressão;

     

    • Bioquímica cerebral – há evidências de deficiência de noradrenalina, serotonina e dopamina em quem sofre com depressão. Esses neurotransmissores estão envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor;

     

    • Eventos vitais – situações estressantes (perda de emprego, separação, mudança na condição financeira, distúrbios de ansiedade, problemas com álcool, entre outros) podem desencadear a depressão em pessoas geneticamente predispostas.

    Mas como diferenciar um quadro de depressão de uma tristeza que está demorando a passar?

    Existem alguns sinais que são bastante específicos dessa condição. Vamos conhecê-los a seguir.

     

    Como reconhecer os sintomas de depressão

    Você pode se sentir triste por não conseguir alguma coisa ou por discutir com alguém, por exemplo. Quando esse sentimento vem e passa, é algo natural e saudável. E essa é a principal diferença entre tristeza e depressão.

    Especialistas da Fiocruz explicam que a depressão envolve alterações no comportamento, na expressão do pensamento e na área chamada neurovegetativa, ligada ao sono e à alimentação.

    Para que um psiquiatra ateste um caso de depressão, é necessário que haja dois sintomas básicos: humor deprimido (tristeza, desesperança, vazio, angústia, às vezes, choro e irritabilidade) e perda ou diminuição do interesse pelas atividades de rotina.

    Mas há outros sinais importantes da depressão, segundo o Ministério da Saúde:

     

    • Humor depressivo, que é a sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. A pessoa acredita que perdeu, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria;

     

    • Retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, memória, vontade e iniciativa;

     

    • Insônia ou sonolência excessiva;

     

    • Alterações de apetite — que, geralmente, é diminuído. Mas, em alguns casos de depressão, pode ocorrer aumento na vontade de comer, com maior interesse por carboidratos e doces;

     

    • Redução do interesse sexual;

     

    • Dores e sintomas físicos difusos como mal-estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia e sudorese.

     

    Existem diferentes graus de depressão, variando conforme o comprometimento para as atividades de rotina da pessoa. Em todos os casos, a condição pode ser tratada.

    Por isso, se você se identifica com os sintomas ou acha que alguém próximo a você está passando por uma depressão, procure ajuda médica.

     

    Existe tratamento para depressão. Conheça

    Antes de tudo, é importante dizer que não existem exames laboratoriais específicos para detectar uma depressão.

    O diagnóstico é sempre clínico, feito por um psiquiatra após coleta completa da história da pessoa e realização de um exame do estado mental.

    Depois que o especialista identifica o caso de depressão, precisa estipular se é leve, moderado ou grave. É a partir disso que a melhor abordagem clínica é definida.

    O Ministério da Saúde explica que o tratamento para depressão é medicamentoso (com antidepressivos e outros que possam ajudar com diferentes sintomas relatados) e psicoterápico (com sessões de terapia).

    Para a escolha do antidepressivo, além do grau de depressão, o médico se baseia nos antecedentes pessoais e familiares, na boa resposta a uma determinada classe de medicamento e na presença de outras doenças.

    De 90 a 95% dos pacientes apresentam remissão total com o uso de antidepressivo. Mas é fundamental ter adesão completa ao tratamento.

    Se for interrompido por conta própria ou houver uso inadequado do medicamento, há um grande risco de a depressão se tornar crônica.

    Por isso, é de extrema importância estar atento às recomendações médicas e, se possível, contar com uma boa rede de apoio para que o tratamento da depressão tenha sucesso.

     

    Prevenir a depressão é possível. E exercício físico ajuda!

    Como dissemos anteriormente, a depressão é resultado de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos.

    Com isso, há relação entre a depressão e tudo o que acontece no corpo. E estar atento à saúde física, investindo em medidas de prevenção de doenças, é uma forma eficiente de se evitar o problema.

    Fazer exercícios regularmente é uma delas!

    Um estudo feito na University College London, no Reino Unido, mostra que, quanto maior é o condicionamento físico de uma pessoa, menor é o risco de ela sofrer com transtornos comuns de saúde mental, como ansiedade e depressão.

    Mas como ganhar um bom condicionamento físico? De acordo com a Sociedade Brasileira da Medicina do Esporte, aprimorando força muscular, potência, resistência cardiovascular e muscular e flexibilidade.

    Assim, fazer treinamento aeróbico, de força e de flexibilidade regularmente já conta como um importante movimento contra a depressão.

    E atenção: não é preciso ser um atleta para conseguir os benefícios dos exercícios para as emoções.

    Qualquer exercício libera várias substâncias que aumentam a sensação de bem-estar e prazer.  A principal é a endorfina, que é considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade e aliviando as tensões.

    Portanto, colocar o corpo em movimento é o que interessa quando o objetivo é evitar problemas de saúde mental.

    Além de praticar atividade física regularmente, existem outras dicas para prevenir a depressão. E todas são simples e envolvem adotar um estilo de vida saudável.

    Anote as recomendações dos especialistas do Ministério da Saúde:

    • Ter uma dieta equilibrada;
    • Combater o estresse, concedendo tempo na agenda para atividades prazerosas;
    • Evitar o consumo de álcool;
    • Não usar drogas ilícitas;
    • Diminuir as doses diárias de cafeína;
    • Seguir uma rotina de sono regular;
    • Não usar medicamento por conta própria;
    • Não interromper o tratamento sem orientação médica.

    Referências:

    https://radis.ensp.fiocruz.br/index.php/home/entrevista/quando-a-tristeza-e-depressao

    https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao

    https://www.paho.org/pt/topicos/depressao

    https://www.scielo.br/j/rbme/a/nmsrxHqN5yFqTv8GLdYLM6n/?format=pdf&lang=pt

    https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S016503271931691X#sec0019